A atual pandemia está mudando como vivemos e trabalhamos de inúmeras maneiras. Milhões de nós, da noite para o dia, passamos a trabalhar e a estudar a partir de casa, um processo que com certeza colocou a prova tanto os tecnofobos quanto os tecnófilos. Da mesma forma, diversos setores foram confrontados com mudanças fundamentais na forma como interagem com seus clientes.
Os setores de saúde e de educação, por exemplo, precisaram mudar de modelos que se baseavam pesadamente no contato pessoal e presencial com pacientes ou estudantes para modelos de interações virtuais conduzidas on-line. Isso demandou não apenas enormes ajustes técnicos, mas também treinamento e mudanças no comportamento de colaboradores e modificações nas diretrizes sobre comunicação on-line, compartilhamento de dados e proteção de privacidade. Os sistemas e redes de TI que eram vistos como complementares às funções tradicionais repentinamente se tornaram absolutamente críticos.
As organizações estão adicionando capacidade no edge da rede e colocando em prática sistemas e protocolos para gerenciar a largura de banda e reduzir a latência, para entregar uma experiência impecável de home office. Ao mesmo tempo, elas estão sentindo uma maior premência em entender seus sites de edge e os equipamentos lá localizados. Já havia desafios suficientes antes da mudança colossal causada pela pandemia, mas agora - com mais sites, mais aplicações, mais usuários e mais atividade de missão crítica - é mais difícil do que nunca. Este é um território desconhecido para muitos, se não para a maioria, dos gestores de TI e de data centers.
Todas essas circunstâncias aceleraram uma mudança para o edge que já parecia estar ocorrendo à velocidade da luz, e a indústria de serviços de TI está evoluindo para atender às necessidades desse novo normal. Há alguns pontos importantes para navegar por essa transição com eficácia. O primeiro é visibilidade. Compreender os equipamentos de rede e a infraestrutura de energia e de refrigeração em cada site possibilita ao pessoal de serviços entender melhor os problemas que surgem e responder rapidamente. Esse tipo de monitoramento remoto já estava acontecendo em sites críticos de edge antes da pandemia. Agora a demanda por visibilidade e monitoramento remoto é praticamente universal. A visibilidade remota ajuda a reduzir o número de visitas para serviços e assegura que quaisquer visitas sejam realizadas de forma eficiente por um técnico que saiba o que esperar e que tenha as peças necessárias para fazer os reparos.
Uma das coisas que se tornou clara durante essa pandemia é que a tecnologia é extremamente importante, mas não é a única preocupação das organizações quando mergulham na incerteza. Essas empresas querem também trabalhar com parceiros de serviços de confiança e que possam ser flexíveis nesses tempos. Contratos de cobertura que estipulam tempos de resposta em até 24 horas podem não ser mais o suficiente nessa nova realidade. Contratos com resposta em quatro horas, em conjunto com garantias flexíveis, podem dar tranquilidade.
Quando é inevitável a substituição, ou a modernização do equipamento, parceiros que possam executar de forma rápida e minimizar as disrupções agregam um valor importante. O downtime nunca é aceitável, mas é ainda menos aceitável quando todo o seu negócio passa a ser on-line. E como se isso não fosse o suficiente, essas redes distribuídas vão muitas vezes além das fronteiras nacionais, então, parceiros que possam gerenciar implementações e serviços globalmente são de grande valor.
Como as organizações de TI lidam com isso tudo?
De certa forma, é um passo em direção ao modelo de telecomunicações. As empresas de telecomunicações têm gerenciado e atendido milhares de sites de acesso dentro de suas redes durante décadas, sempre entendendo que nenhuma chamada poderia cair. Elas o fazem com uma combinação de visibilidade da rede possibilitada pela tecnologia, equipamentos e arquiteturas padronizados e técnicos de serviços treinados que conhecem as redes de cima para baixo. Esse é o modelo que as organizações de serviços de TI precisam abraçar.
Como as necessidades e as estratégias de serviço da sua organização mudaram durante a pandemia?