O Mobile World Congress 2019 (#MWC19) é, sem sobra de dúvida, a feira mais importante do mundo para a indústria de telecomunicações. Ao redor de 110.000 profissionais de 200 países participaram este ano, para ver em primeira mão as 2.400 empresas que participaram do congresso. Com o tema “Conectividade Inteligente”, o MWC19 em Barcelona destacou a interseção entre a “hiper conectividade” viabilizada pelo 5G e a Internet das Coisas (IoT), e a “inteligência” proporcionada pela Inteligência Artificial (IA) e o Big Data. Além dos elementos fundamentais da conectividade inteligente, o MWC19 explorou também tópicos chaves como Conteúdo, Confiança Digital, Bem-Estar Digital e O Futuro.
Todos os dias, enquanto dirigia minha scooter elétrica para o MWC, não pude deixar de perceber que metade das pessoas vindo ao evento era chinesa ou de origem asiática, um sinal claro da demografia atual onde a maioria das inovações tecnológicas vêm do extremo oriente. A presença de empresas chinesas, coreanas e japonesas era muito notória.
O 5G foi, claramente, a estrela do MWC19 e foi emocionante ter um vislumbre daquele mundo novo, com telefones habilitados para 5G já lançados, novos produtos e serviços e até uma primeira demonstração ao vivo de uma cirurgia tele monitorada usando tecnologia 5G. O MWC19 deu provas claras que a indústria está focando no impacto positivo das receitas que esta nova tecnologia móvel trará junto com os diversos novos sofisticados casos de uso que colocarão muita pressão sobre a infraestrutura de Cloud Computing atual e demandarão um grande investimento em Edge Computing.
O 5G é real e já está aqui, e em nenhum lugar foi tão óbvio como no pavilhão da Ericsson, mostrando sistemas de rádio em 5G, um conjunto com aranhas dançantes 5G, estrelas do futebol americano jogando com óculos de RV de baixa latência e tecnologia háptica, ou tátil, para colaboração virtual. Alguns destes gabinetes e armários da Ericsson tinham sistemas de alimentação de energia e gabinetes da Vertiv, incluindo soluções híbridas solares para sites localizados fora da rede elétrica ou com uma rede elétrica deficiente. A Vertiv é parte da Aliança Energética da Ericsson, um ecossistema competitivo e interface de gerenciamento que visa fazer a evolução das redes de acesso para o 5G.
Apesar de toda a propaganda e excitação ao redor do 5G, o Edge Computing ficou no centro das atenções e roubou um pouco da atenção sendo dada ao 5G. As empresas de Telecom estão correndo para desenvolver novos filões de receitas com base na velocidade que o 5G proporcionará, mas é a baixa latência esperada - que promete uma série de novas utilizações e aplicações – que colocará muita pressão sobre as plataformas de Cloud Computing centralizadas que existem, abrindo uma vasta oportunidade de negócios para o Edge Computing. Ouvi o CEO da Microsoft, Satya Nadelella, destacando que o que ele chama de “Edge Computing Inteligente” será um dos desenvolvimentos mais poderosos nos próximos anos.
Foi há um ano, durante o MWC de 2018, que a Telefónica e a Vertiv anunciaram uma parceria para fornecer Economia de Energia como um Serviço e, um ano depois, durante este MWC19, anunciamos que a Vertiv recebeu o prêmio de “Melhor Solução de Eficiência Energética”, o qual foi dado para um projeto realizado em uma das maiores instalações da Colômbia, o Celta Switch localizado em Funza, próximo a Bogotá.
Ainda mais empolgante que o 5G e o Edge Computing, foi a revelação feita pela Vertiv e o Grupo 451 sobre a pesquisa onde 90% das Operadoras Temem o Aumento nos Custos de Energia para o 5G e o Edge Computing. A pesquisa revela que a mudança para o 5G deverá aumentar em 150 a 170% o consumo total de energia pelas redes até 2026, com os maiores aumentos residindo nas áreas macro, de nós e de rede dos data centers. A pesquisa perguntou a mais de 100 operadoras de telecom globais sobre as oportunidades e os potenciais obstáculos na implementação dos serviços 5G e o impacto na adoção do edge computing. A Vertiv e a 451 Research deram mais detalhes sobre estes resultados como parte da Programação para Parceiros da Vertiv durante o MWC19. A programação incluiu uma palestra conferida por Giordano Albertazzi sobre a relação interdependente entre o 5G e o edge computing.
“O desafio para as operadoras que estão considerando o 5G será escolher os casos de uso de maior maturidade, as verticais e os ecossistemas onde elas possam desempenhar um papel significativo e sustentável. A pesquisa que a Vertiv realizou com os casos de uso e arquétipos de edge computing, junto com esta última pesquisa com a 451, ajudará nossos clientes que são operadoras e nossos parceiros de telecoms a construir business cases mais robustos para os investimentos em 5G e as implementações de edge computing associadas, “ disse Giordano Albertazzi, presidente da Vertiv para a Europa, Oriente Médio e África.
Terminamos o MWC19 degustando as famosas tapas de Barcelona e tendo várias conversas sobre os desafios e as oportunidades que o 5G e o Edge Computing trarão nos próximos anos, e como nos certificarmos que estaremos implementando infraestruturas sustentáveis que usem estratégias de economia de energia e minimizem o impacto no meio-ambiente.